Refletindo sobre comunicação
A compreensão da importância do "saber ouvir" as vezes
é muito difícil, até porquê todos possuímos mentes repletas de ideias e
pensamentos e queremos a todo custo compartilhar ou mesmo as vezes sobrepor
nossos "achismos" e nossas certezas em relação aos outros. É uma
época dinâmica, tecnológica, rápida e o que queremos é transmitir o mais rápido
possível o maior número de informações e contribuições. As mudanças são
inevitáveis e a necessidade de adaptação e readaptação também...
Mas no turbilhão de informações que os mais diversos meios de comunicação nos coloca deverá existir espaço para: ouvir, entender, refletir...! E com fazer isso se a Roda gira interminavelmente e a informação de agora já pode estar obsoleta?
Vamos refletir lendo o texto abaixo que nasceu de uma civilização antiga e sábia:
Mas no turbilhão de informações que os mais diversos meios de comunicação nos coloca deverá existir espaço para: ouvir, entender, refletir...! E com fazer isso se a Roda gira interminavelmente e a informação de agora já pode estar obsoleta?
Vamos refletir lendo o texto abaixo que nasceu de uma civilização antiga e sábia:
O Silêncio
Nós os índios,
conhecemos o silêncio. Não temos medo dele.
Na verdade, para
nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais
foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram
esse conhecimento.
"Observa,
escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira
correta de viver.
Observa os animais
para ver como cuidam de seus filhotes.
Observa os anciões
para ver como se comportam.
Observa o homem
branco para ver o que querem.
Sempre observe primeiro,
com o coração e a mente quietos,
e então aprenderás.
Quanto tiveres
observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos,
é o contrário. Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às
crianças que falam mais na escola.
Em suas festas,
todos tratam de falar.
No trabalho estão
sempre tendo reuniões
nas quais todos
interrompem a todos,
e todos falam
cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de
"resolver um problema".
Quando estão numa
habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher
o espaço com sons.
Então, falam
compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de
discutir.
Nem sequer permitem
que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é
muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar,
eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de
escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou
interromper-te.
Quando terminares,
tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se
não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário,
simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que
preciso saber.
Não há mais nada a
dizer.
Mas isso não é
suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar
nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam
plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais
nos ensinaram que a terra está sempre nos falando,
e que devemos ficar
em silêncio para escutá-la.
Existem muitas
vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las
em silêncio.
Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" -
Kent Nerburn'
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