segunda-feira, 25 de junho de 2012

Cura Real, o que é?


                                                       Cura real



“Não trate apenas os sintomas, tentando eliminá-los sem que a causa da enfermidade seja também extinta”.
A cura real somente acontece do interior para o exterior…..
Sim, diga a seu médico que V. tem dor no peito, mas diga também que sua dor é dor de tristeza, é dor de angústia.
Conte a seu médico que V. tem azia, mas descubra o motivo pelo qual você, com seu gênio, aumenta a produção de ácidos no estômago.
Relate que V. tem diabetes, no entanto, não se esqueça de dizer também que não está encontrando mais doçura em sua vida e que está muito difícil suportar o peso de suas frustrações.
Mencione que V. sofre de enxaqueca, todavia confesse que padece com seu perfeccionismo, com a autocrítica, que é muito sensível à crítica alheia e demasiadamente ansioso.
Muitos querem se curar, mas poucos estão dispostos a neutralizar em si o ácido da calúnia, o veneno da inveja, o bacilo do pessimismo e o câncer do egoísmo. Não querem mudar de vida.
Procuram a cura de um câncer, mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa.
Pretendem conseguir a desobstrução das artérias coronárias, mas querem continuar com o peito fechado pelo rancor e pela agressividade.
Almejam a cura de problemas oculares, todavia não retiram dos olhos a venda do criticismo e da maledicência.
Pedem a solução para a depressão, entretanto, não abrem mão do orgulho ferido e do forte sentimento de decepção em relação a perdas experimentadas…
Suplicam auxílio para os problemas de tireóide, mas não cuidam de suas frustrações e de seus ressentimentos, não levantam a voz para expressarem suas legítimas necessidades.
Imploram a cura de um nódulo de mama, todavia, insistem em manter bloqueada a ternura e a afetividade por conta das feridas emocionais do passado.
Invocam a intercessão divina, porém permanecem surdos aos gritos de socorro que partem de pessoas muito próximas a si mesmos.
Deus nos fala através de mil modos. A enfermidade é um deles e, por certo, o principal recado que lhe está a chegar da sabedoria divina é que está faltando mais amor e harmonia em nossas vidas.
Toda cura é sempre uma autocura. O Evangelho do Mestre é a farmácia onde encontraremos os remédios que nos curarão por dentro.
Atente para isso: Há dois mil anos esses remédios estão a nossa disposição!”

Vera Lúcia
Referências: José Carlos de Lucca - Cura Real

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Vamos refletir um pouco...



                                 
                              Refletindo sobre comunicação
A compreensão da importância do "saber ouvir" as vezes é muito difícil, até porquê todos possuímos mentes repletas de ideias e pensamentos e queremos a todo custo compartilhar ou mesmo as vezes sobrepor nossos "achismos" e nossas certezas em relação aos outros. É uma época dinâmica, tecnológica, rápida e o que queremos é transmitir o mais rápido possível o maior número de informações e contribuições. As mudanças são inevitáveis e a necessidade de adaptação e readaptação também...
Mas no turbilhão de informações que os mais diversos meios de comunicação nos coloca deverá existir espaço para: ouvir, entender, refletir...! E com fazer isso se a Roda gira interminavelmente e a informação de agora já pode estar obsoleta?
Vamos refletir lendo o texto abaixo que nasceu de uma civilização antiga e sábia:
O Silêncio

Nós os índios, conhecemos o silêncio. Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles
nos transmitiram esse conhecimento.
"Observa, escuta, e logo atua", nos diziam.
Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam de seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Sempre observe primeiro, com o coração e a mente quietos,
e então aprenderás.
Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar.
Com vocês, brancos, é o contrário. Vocês aprendem falando.
Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar.
No trabalho estão sempre tendo reuniões
nas quais todos interrompem a todos,
e todos falam cinco, dez, cem vezes.
E chamam isso de "resolver um problema".
Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos.
Precisam preencher o espaço com sons.
Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer.
Vocês gostam de discutir.
Nem sequer permitem que o outro termine uma frase.
Sempre interrompem.
Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive.
Se começas a falar, eu não vou te interromper.
Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo.
Mas não vou interromper-te.
Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste,
mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante.
Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei.
Terás dito o que preciso saber.
Não há mais nada a dizer.
Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.
Deveríamos pensar nas suas palavras como se fossem sementes.
Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio.
Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando,
e que devemos ficar em silêncio para escutá-la.
Existem muitas vozes além das nossas.
Muitas vozes.
Só vamos escutá-las em silêncio.

Neither Wolf nor Dog. On Forgotten Roads with an Indian Elder" - Kent Nerburn'